Analytics: comece pequeno e depois amplie, aconselha IBM
- 02
- Sep
Para líder de Big Data e Analytics da companhia no Brasil, segredo para obter sucesso com iniciativas na área é simplificar, iniciando projetos por partes
Até pouco tempo, analytics era um conceito pouco compreendido. Como usar, de que forma e como é possível aprimorar os negócios por meio da tecnologia eram dúvidas constantes das empresas. Ao que tudo indica, agora, as companhias já avançaram para o estágio de tangibilizar seu potencial.
Esse mercado é enorme e as possibilidades de agregar valor aos negócios são infinitas. Segundo a IBM, a demanda global por dados e soluções e serviços de analytics está estimada em US$ 287 bilhões até 2017.
Dados da IBM apontam ainda que Big data e Analytics continuam a ser a fonte de enorme oportunidade em todos os setores. Diariamente são criados 4,5 quintilhões de bytes de dados a partir de uma variedade de fontes de informação. A projeção é de que em 2015 haverá 1 trilhão de dispositivos conectados no mundo gerando cerca de 2,5 bilhões de gigabytes de dados, sendo que 80% dessas informações não estruturadas (áudio, vídeo e tweets) são novas áreas para insights.
“Antes, víamos projetos grandes que não tinham business case estruturado, sem provas de conceito, mas agora com orçamentos apertados, a TI precisa ser mais cautelosa e criar um caso de negócio efetivo”, observa o líder de Big Data e Analytics da IBM Brasil, Sérgio Fortuna.
Segundo ele, isso acontecia porque o mercado passou por anos de otimismo econômico e as provas de conceito ficaram esquecidas. “Mas hoje o cenário é diferente e é preciso ser mais cauteloso nos investimentos”, observa, completando que por isso iniciou-se agora uma fase de prova de conceito para garantir mais assertividade em projetos na área.
Na visão do executivo, agora que o mercado já compreende o conceito e a aplicabilidade de analytics a recomendação é que as companhias comecem pequeno com as iniciativas na área e depois ampliem, conforme as necessidades dos negócios. “Essa abordagem é mais simples e promove mais resultados para o cliente”, garante.
Para ajudar organizações em todo mundo a fortalecer a estratégia de análises, a IBM adotou uma série de melhorias. Segundo Fortuna, a Big Blue estabeleceu um amplo portfólio de soluções de análise, negócios e experiência no setor. Isso inclui quase 9 mil consultores dedicados ao desenvolvimento de soluções de análise e otimização dos negócios e 400 pesquisadores em todo o mundo. Além disso, a fabricante gera centenas de patentes por ano em análise, e continua a expandir seu ecossistema, que consiste em mais de 27 mil parceiros de negócios IBM.
Como resultado, a IBM passou a ter nove centros de soluções de analytics no mundo e colabora com mais de 1 mil organizações acadêmicas para avançar as pesquisas e conhecimentos de estudantes para a carreira de Big Data. Um terço dos investimentos da IBM Research é focado em Big Data, Analytics e computação cognitiva. Como resultado desse investimento, a receita da IBM em Analytics em 2014 foi de US$ 17 bilhões, aumento de 7% em relação ao ano anterior.
Segundo ele, no Brasil, setores como o industrial, o financeiro e o varejo já estão enxergam os benefícios da tecnologia e adotando estratégias de Analytics nos negócios. “As startups também já nascem com seu DNA voltado para análises”, reflete, concluindo que em tempos de instabilidade quem consegue entender padrões e melhor o comportamento dos clientes e do mercado sai à frente da concorrência.
(Fonte: IT Forum)