BANCO SOCIAL DISPONIBILIZA R$ 40 MILHÕES PARA EMPREENDEDORES
- 12
- Aug
A taxa de juros anual em 14,25%, o aumento de inadimplência, o desemprego e a queda no consumo, todos estes fatores combinados provocam a tempestade perfeita na economia. Quanto maior o risco, mais as instituições bancárias dificultam o acesso ao crédito e isso não prejudica apenas a população, mas, sim, o país, uma vez que o empreendedor quer crescer, gerar renda, oferecer postos de trabalho e, consequentemente, aumentar o recolhimento de impostos. “O microempreendedor não está na lista de prioridades dos grandes bancos de varejo e, muito menos, na do poder público”, dispara Guto Ferreira, considerado o maior especialista em microcrédito do Brasil e CEO do Banco Confia Microfinanças e Empreendedorismo.
O Banco Confia é uma OSCIP e desde 2001 já emprestou mais de R$ 350 milhões. Atualmente, ele tem disponível R$ 40 milhões para emprestar para microempreendedores. “Temos crédito para fomentar negócios na base da pirâmide e precisamos que as pessoas saibam. Emprestamos também para quem está com onome negativado. Nosso grande diferencial é que, para emprestarmos, é obrigatório que nossos clientes façam nosso curso de educação financeira e empreendedorismo, ambos gratuitos. Estamos falando do fotógrafo que precisa de um bom equipamento, da manicure que quer reformar seu espaço para receber as clientes, do designer que necessita comprar um Macbook-Pró e do dono do açougue que terá que se adequar às normas da vigilância sanitária para não fechar”, ressalta.
Somente moradores da capital, Grande São Paulo e Litoral podem requisitar o empréstimo. Este é realizado de forma individual ou solidária, ou seja, é necessário ser criado um grupo de 3 ou 4 pessoas, onde um torna-se avalista do outro. Caso um não pague, os demais serão responsáveis. Os valores variam entreR$ 1,5 mil e R$ 15 mil, divididos em até 8 prestações e com taxa de juros a partir de 2,9% ao mês. Dentro do grupo, menos de 50% podem estar com o nome negativado, ou seja, apenas uma pessoa. A equipe do Banco Confia faz uma análise rigorosa, porém desburocratizada, do perfil do interessado e seus agentes visitam sua casa e seu estabelecimento. “Explicamos que somos uma organização social e, como tal, não visamos lucro; assim, o não pagamento do empréstimo prejudicará outra pessoa que está precisando. O microempreendedor tem essa consciência. Com isso, conseguimos manter uma taxa de inadimplência de apenas 2,3%”, finaliza Guto Ferreira.
(Fonte: Brasil 247)